Orkut e Iogurte: a nova geração

Os pais que nunca confundiram a palavra Orkut com Irgurte, que atirem a primeira pedra. Mas na verdade, eles não foram totalmente ignorantes por isto, pois estes dois termos caracterizam de forma especial a nova geração de jovens e adolescentes: os urbanos e contemporâneos.
O site orkut.com, uma grande máquina de relacionamentos virtuais, só foi a pólvora de explosão para os demais núcleos deste tipo de domínio, como o Facebook, o Twitter, os blogs, os flogs, e tantos outros. Esta vinheta da juventude atual, não consegue e não deseja viver sem os cliques e postagens da web, assim como os seus pais não puderam viver sem os ritmos da Bossa Nova, na década de 60.
Mormente, este fascínio pela digital e tecnológica internet, está trazendo graves prejuízos ao desenvolvimento cognitivo desta geração. São muitos os que trocam os livros didáticos por redes sociais, e substituem a cultura nacional pelas páginas, fotos e comentários de suas comunidades virtuais. Nada contra a modernidade, porém, este comportamento está transformando a mesma em futilidade.
E não é apenas esta globalização visual que tem prejudicado a nossa juventude. O capitalismo do “Iogurte”, do Shopping, da moda, do comércio da imagem, também tem a sua culpa neste processo de vulgaridade. Será que se a Ditadura Militar acontecesse hoje, existiriam jovens com ideologia suficiente para enfrentá-la com energia e sede de democracia, como ocorreu no passado? Penso que não. O “basiado” na universidade não significa mais nada. Os cabelos estilosos que lutavam contra o sistema, agora só fazem parte de modinha e tribos sem verdadeiras perspectivas sociais. Este novo rosto da juventude não é mais pintado para fazer protestos, não é mais usado para enfrentar os vilões da liberdade. Agora, ele é maquiado de uma orelha a outra por fortes cores superficiais, e por batons caríssimos do momento.
            Portanto, é preciso reorganizar o tempo e os prazeres destes meninos modernos, voltando a mostrá-los o significado importante de um bom livro, de uma boa música, dos estudos, da responsabilidade social que temos, da sustentabilidade do Planeta, das amizades reais e não virtuais, das verdadeiras paixões,...enfim: da vida como ela é, e não como é apresentada e colorida pelas mídias seculares da nossa década.

Um comentário:

  1. O problema não é a internet ou os sues domínios, mas o mau uso e a prioridade equivocada que muitos jovens atribuem a ela.

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