Nós quatro

           Da mesma forma que o nosso nascimento físico dá início ao nosso relacionamento com os nossos pais, o nosso nascimento espiritual dá origem ao nosso relacionamento com o Deus triúno.
           Primeiro agente diz: Papai. Depois descobrimos que dele não fomos gerados, mas sim adotados. Ele, o criador de nós, os criadores do pecado, tem graça para nossa desgraça, tem misericórdia para a nossa discórdia. Afinal ele é pai sem mãe, sem creche, sem escola. É pai que não cai em desespero; é pai sozinho conosco. Papai é só para os íntimos e chegados: cristãos verdadeiros que esquentam o banco do céu.
           Não somos melhor que ninguém. Somos melhor que ninguém os mais dependentes de alguém. Este alguém é Jesus, chamado de luz, aquele cara da cruz. Como um bicho de pé, estamos aos seus pés, entrando em seu corpo, tornando-se seus membros e obedecendo aos seus comandos.
           Além deles, tem um espírito santo também, que atualmente está dentro de mim. Aliás, agora são dois dentro deste casulo. Mas é ele quem me governa e dita o meu comportamento. É ele quem me constrange quando falho no temperamento. Seu beijo é melhor do que seu tapa, mas qualquer um de seus tapas é melhor do que a sua indiferença. Ele me cutuca no Facebook; Twita com meus pecados e me faz entrar na melhor comunidade do momento: cidadão dos Céus.
           Enfim, cada um deste trio é gigante, é um rei que se relaciona com seus súditos de forma pessoal e transcendental. Não é relacionamento visível, mas é direto. Não é sensorial, mas está dentro de nós. Bate-papo com Deus é isto, consiste nisto e por isto você não vê. É fé no fato de que você não está falando com a sua imaginação; é saber que não está lendo um livro de fábulas e mitologias. Relacionamento esquenta, esfria. Ouvir cansa e falar descansa. De um jeito ou de outro, não há como escapar: ou por amor você busca a Deus ou ele te busca...pela dor.

Nenhum comentário:

Postar um comentário