Kombi velha

“Jesus voltará!” Para alguns, é uma falácia sórdida da história; para outros, uma estória mítica e cultural. Mais que um líder religioso, um rebelde político ou um filósofo oriental, Jesus teria sido na Palestina, o primeiro homem a atribuir a si mesmo uma suposta divindade concreta. Nenhum louco e nenhuma criança até ali havia se posicionado de forma tão altruísta. Jesus trouxe espanto, aversão e morte ao contexto Judaico do primeiro século. Sem opções, este era o carma de um messias rejeitado não só em seu tempo, mas em toda a sua viagem de retorno para a “casa”, que já perdura ousados dois mil anos.

Nem Harry Houdini ou David Copperfield conseguiriam hoje reproduzir por meio de truques, o que os Evangelhos Sinóticos narram a respeito dos milagres de Jesus. Nenhum erudito que se preze atualmente se ofereceria para criar réplicas de respostas tão sutis, coerentes e transformadoras, como as que Cristo dava em discussões nos caminhos de seu ministério. Ninguém, nenhuma celebridade, por mais amada que seja, pode ressuscitar ao terceiro dia de seu confinamento eterno de morte. Se o “Jesus Histórico”, como era chamado pelos racionalistas do séc. XVIII, realizou todos estes feitos e, a partir deles, tem poder para retornar à Terra, como poderíamos provar? A Bíblia é um encadernado de papéis, organizados e escritos pelo homem – e cá pra nós – papel aceita qualquer coisa [...].
Sem dúvida, o início do ateísmo contra o Deus judaico-cristão se dá com o resultado do fato narrado em Mateus 28:11-15. No entanto, dar evidências do retorno de Cristo através da Bíblia e de documentos históricos é infantilidade apologética e trabalho inútil, pois como disse o Dr. Philip Schaff, “os incrédulos raramente são convencidos por argumentos; porque as fontes da descrença estão no coração e não na cabeça”. Por isto, não é meu intuito aqui massagear o ego humanista de céticos que se alimentam de argumentos e teses parciais para repudiar a fé. Meu desejo neste compêndio é apenas retratar através de uma fonte indiscutível que está chegando o momento da ira de Deus.

Nem os Maias, nem Nostradamus e nem Jesus, enquanto encarnado, sabiam do momento exato do fim (Mt 24:36). Por conseguinte, eu também não faço ideia do mesmo, porém, estava ciente de que não seria em 21/12/12, pois se existi uma coisa que aprendi com Salomão é que “o que foi é o que há de ser; e o que se fez, isso se tornará a fazer; nada há, pois, novo debaixo do sol. Há alguma cousa de que se possa dizer: Vê, isto é novo? Não! Já foi nos séculos que foram antes de nós.” (Ec 1:9,10). Aprendi com a História, portanto, que se alguém disser que o fim se dará em determinado dia, tudo poderá acontecer neste dia, menos o que disseram. Dormi em paz em Dezembro.
Mas reafirmo o postulado: Jesus está voltando e não há como negar. Está vindo como se estivesse numa Kombi antiga, que velha já não anda tão rápido, mas que, por seu motor já conhecido, dá sinais audíveis e visíveis de que se aproxima; a fumaça e o barulho que ela emite são fontes indiscutíveis de sua chegada. Não é diferente com o Cristo: “E haverá em vários lugares grandes terremotos, e fomes e pestilências; haverá também coisas espantosas, e grandes sinais do céu.” (Lc 21:11); “E haverá sinais no sol e na lua e nas estrelas; e na terra angústia das nações, em perplexidade pelo bramido do mar e das ondas.” (Lc 21:25); “E farei aparecer prodígios em cima, no céu; E sinais em baixo na terra: sangue, fogo e vapor de fumo.” (At 2:19).

Se compararmos estes textos com as informações de cientistas a respeito de fenômenos contínuos e não naturais que se fazem presentes de forma crescente já a algum tempo em nosso planeta, conseguiríamos cruzá-los para concluir a veracidade da contemporâneidade das afirmações bíblicas. Contudo, digo novamente que não vou usar a Bíblia. É inútil para convencer os convencidos. Mas pensando bem, não vou também relatar aqui as estatísticas do aumento de terremotos, tsunamis, erupções vulcânicas, do Aquecimento Global e etc. Desisto de traduzir dados de gráficos que demonstram o crescimento destes fenômenos para dar base a minha crença de que estes são os sinais da parousia de Jesus, ou seja, de sua segunda vinda. Não me parece honesto fazer isto, até porque estas informações técnicas da Ciência se encontram em tratados científicos, e estes ainda são escritos em papeis que, assim como a Bíblia para os céticos, também aceitam qualquer coisa.

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