Quero contato com papo e tato.
Quero o mico na rodinha de antigos amigos. E de novos, de todos os povos.
Quero cair na rede de peixes
sociais, na corrente quente de mãos dadas no mar. Por favor, tragam-me
relações, reações.
Quero um coffe sem nenhum off, um
cofre de você sem senhas ou logins. Quero Strong Off na cesta. Na sexta quero
você, que aqui lê.
Quero Colgate nos rostos, vida
nos postos e adolescência nos gostos. Quero gente que mente pra mente, pra
recusar a dor que sente. Contente!
Quero que volte o papel e pena,
as cartas do pombo correio, o choro no quarto fechado, o cortejo na noite
serena.
Quero o simples e o simplesmente,
os carros não caros, os cavalos não raros. Quero botar a mão, o coração. Chega
de sermão!
Quero amar o dinossauro, ouvir o
trovão no fone e chupar cachos de uva em cachoeiras sem asfalto e sem facebook.
Quero faces fora de books. Não
quero perfis com fotos e frases pomposas. Quero tirar fotos e ser protagonista
de frases.
Quero passar o tempo sentindo o
vento que não entra na sala de bate-papo. Quero usar óculos escuros porque o
Sol queima os olhos, e não para postar e posar.
Quero tatuar as pedras de
estradas com este “com tato”, os murais de bibliotecas, a Lua se eu puder. Fé!
Quero assim pra mim, com a
operadora TIM: sem fronteiras; e sem telas e sem teclas também. Quero abraços com
braços e beijos com beiços.
Quero o mundo sem a aproximação que distancia, sem antenas, nem satélites que facilitam e acomodam.
Quero continuar querendo fatos, e neste papo com tato, quero relacionamentos sensatos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário